Brasília e Curitiba, 25 de fevereiro de 2025 – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou neste domingo (23) uma operação especial de combate ao crime nas fronteiras do Brasil com Paraguai e Argentina, região conhecida como Tríplice Fronteira, e Bolívia. A ação contou com equipes especializadas de vários estados e aconteceu simultaneamente no Paraná e Mato Grosso do Sul. A operação teve início no dia 14/02 e contou com equipes da PRF treinadas para atuar em ações de enfrentamento ao crime, como o Núcleo de Operações Especiais (NOE), Grupo de Operações com Cães (GOC) e Grupos de Patrulhamento Tático (GPT), além de análises de inteligência policial.

A iniciativa, que começou no dia 14/02, contou com equipes da PRF treinadas para atuar em ações de enfrentamento ao crime, como o Núcleo de Operações Especiais (NOE), Grupo de Operações com Cães (GOC) e Grupos de Patrulhamento Tático (GPT), além de análises de inteligência policial.

A operação foi dividida em etapas e resultou na apreensão de 18,3 toneladas de entorpecentes, especialmente maconha, além de cigarros e outros artigos oriundos do contrabando e descaminho. A PRF contabilizou mais de um milhão de maços de cigarros apreendidos,155 pessoas detidas e 34 veículos recuperados. Mais de mais de 19 mil veículos foram fiscalizados durante a ação.

Rota cobiçada – O Brasil possui extensas fronteiras terrestres com 10 países da América do Sul. São cerca de 17 mil quilômetros de divisas com Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, República da Guiana, Suriname e Guiana sa. As faixas de fronteiras internacionais brasileiras abrangem 11 estados e 588 municípios, o que corresponde a cerca de 27% do território nacional.

Os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná são rotas cobiçadas por criminosos para o transporte de drogas, armas e munições, e contrabando e descaminho, especialmente de cigarros e eletrônicos. A atuação de criminosos é favorecida pela existência de uma infinidade de trilhas alternativas, conhecidas como ‘desvios’, que dificultam o trabalho policial e exige vigilância permanente da PRF. A região é visada pelas organizações criminosas por causa da infraestrutura viária existente, por onde am o comércio internacional de bens, produtos e serviços entre os três países.

No ano de ado, os dois estados foram responsáveis pela apreensão de 65% de toda maconha, cocaína e derivados apreendidas pela PRF no Brasil. Foram mais de 545 toneladas interceptadas na região, de um total de 825 toneladas de entorpecentes contabilizadas em todo o país. Embora o governo paraguaio venha adotando políticas para redirecionar a produção de cannabis do país para as indústrias farmacêutica e têxtil, o país ainda é o maior produtor de maconha para uso recreativo do continente.

Mais conhecida por seu consumo como entorpecente, a cannabis sativa também é utilizada para a produção de canabidiol, óleo utilizado no tratamento de várias doenças, como epilepsia, e de uma fibra resistente e durável, o cânhamo, largamente empregada na indústria têxtil. Países como China, Marrocos e Canadá, grandes produtores da planta, direcionam toda sua produção para estes segmentos.

FONTE: Polícia Rodoviária Federal