A partir de hoje, os 460 mil estudantes da rede pública do Distrito Federal terão o à plataforma on-line da Secretaria de Educação. A pasta definiu uma semana para que alunos e responsáveis possam se ambientar com a navegação no site antes da retomada do ano letivo, que ocorrerá na próxima segunda-feira. Até sexta-feira, as turmas que não estão cadastradas no sistema serão integradas ao portal, com a criação de de o para estudantes ou pais de alunos — no caso na educação infantil e primeira-infância.
De acordo com a secretaria, o acolhimento das escolas aos estudantes, ao longo desta semana, é fundamental para a adaptação do modelo de ensino a distância. O objetivo é incentivar a participação de todos e sanar as dúvidas. Esse momento, também, servirá como indicativo do programa Escola em Casa. A partir das dificuldades e acertos que forem apresentados até sexta, a pasta poderá desenvolver alternativas a fim de garantir o aprendizado e comprometimento dos estudantes.
O o à plataforma é intuitivo e conta, na página inicial, com um o a o de como entrar nas turmas virtuais, além de explicar como funcionará as teleaulas. O será feito a partir de um e-mail com final @estudante. Para isso, será necessário ter o código de aluno, disponível no boletim escolar, e gerar uma senha.
A partir da próxima segunda, o Google Sala de Aula disponibilizará ferramentas para avaliações e aferição de presença dos alunos. Aqueles estudantes que não puderem ar o sistema contarão com o material didático impresso que será entregue pela escola. Até o momento, a proposta não inclui provas e avaliações presenciais.
O processo de ensino-aprendizagem na primeira infância, até os cinco anos, também será feito pela plataforma com o intermédio dos pais, mães ou responsáveis. Segundo a Secretaria de Educação, mais de 23 mil famílias terão de se adaptar ao novo modelo. Os alunos da educação infantil contarão com o o destinado aos pais, com as atividades mais lúdicas e conteúdo adequado para cada ano/série.
Alunos das séries finais — 6º ao 9º ano do fundamental — e do ensino médio estão integrados à rede com aulas e atividades para reforço da aprendizagem. Todos os estudantes e professores dos 17 Centros Interescolares de Línguas (CILs) também estão com o ao sistema para, de forma descentralizada, dar continuidade ao conteúdo programático. Ao todo, há 50 mil estudantes matriculados nos centros de línguas do DF.
O o à plataforma não acarretará em gasto de dados de navegação na internet pelos estudantes e professores, o valor será pago pela Secretaria de Educação. Dessa forma, quem tem celular ou computador, mesmo sem o à internet, poderá ver o conteúdo. Além do sistema on-line, a rede de ensino pública contará com aulas ao vivo em quatro canais televisivos. O conteúdo será o mesmo disponibilizado no Google Sala de Aula, com a diferença de ser mais detalhado pelos professores. Serão três horas e meia diárias destinadas para o ensino médio e uma hora, para a educação infantil.
Coordenador do Programa Escola em Casa DF, da Secretaria de Educação, David Nogueira ressalta que, neste primeiro momento, é preciso que o aluno mantenha uma rotina de estudos. “A família tem um papel importante de ajudar a organizar esse tempo dentro de casa. Esta é uma nova forma de estudo e, para funcionar, é necessário o esforço de toda a comunidade”, explica.
A previsão é de que o ano letivo de 2020 encerre-se em 28 de janeiro do ano que vem. A semana de 29 de janeiro de 2021será destinada para a recuperação de aprendizagem dos alunos. O calendário escolar, definido pela Secretaria de Educação, contempla o recesso de sete dias no fim do ano, durante as festividades de Natal e ano-novo. Além de uma semana, em setembro, para planejamento pedagógico.
No entanto, o modelo definido pela pasta para a continuidade do ano letivo na rede pública provoca divergências. O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) não concorda com a proposta. De acordo com a entidade, a volta às aulas por meios remotos ignora e exclui mais de 100 mil alunos sem o aos meio tecnológicos adequados. “É uma total exclusão desses alunos. As atividades impressas para os estudantes excluídos não vão garantir a aprendizagem deles. O que vai acontecer é a disseminação do vírus, com esse vai e vem de papéis”, defende o sindicato.
Ano letivo na rede pública de 2020
10 de fevereiro – Início do ano letivo
11 de março – Decreto de suspensão das aulas presenciais
13 a 31 de março – Antecipação do recesso escolar
1º de abril – Prorrogação da suspensão das aulas até 31 de maio
29 de junho – Retomada do ano letivo com aulas não presenciais
21 a 25 de setembro – Semana pedagógica
23 de dezembro a 1º de janeiro – Recesso de final de ano
28 de janeiro – Encerramento do ano letivo
29 de janeiro – Recuperação de aprendizagem
Informações do Jornal Correio Braziliense